quinta-feira, 1 de julho de 2010

Dedos para o céu


Infelizmente, o céu é distante dos nossos dedos. Enquanto, nuvens e estrelas, enxergo o eu, propício ao desaparecimento do ser, eu, a não querer escuridão. Luto ao tentar atravessar as montanhas de minha própria prisão.
Caminho na
areia
branca
no tempo
para Você.
Acolho nos braços meu coração riscado, de penas e gozos que talvez eu tenha vivido não agora, mas, machucados passados e de que minha vã lembrança nada tem. Tempo é tempo, que o tempo todo tem. Ai cabeça pensante que sou. Acorda para as ondas deste vasto mar azul. Encontre-te depressa. Arrisque. Risque. Aponte os lados. Vasculhe a memória. Enquanto meus cabelos nadam no ar, mais florestas de depressão me aprisionam. Infeliz ideia de passar horas observando a mim mesmo. Por mais escuro que esteja, quero prosseguir... e prosseguirei. O céu ainda é distante dos meus dedos. Tenho muitos amigos me esperando. Eu me espero. Minha alma esta cansada de tudo. Sinto, porque sou. Sou eu, sou sim. Encontro-me por entre as turbulentas sensações e emoções. Tocarei o céu, sim eu vou. Mal posso esperar para ver nos olhos do Criador o meu esforço mundano de me esconder de um tão acobertado mundo de expiações... o meu eu.

- Lucas de Sousa

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